domingo, 4 de maio de 2014

CAPITULO II: ENDOMETRIOSE: A DECISÃO ERRADA DA CIRURGIA


Depois do diagnóstico do mioma, eu comecei a correr atrás de algum médico que me operasse, não queria perder meu útero, eu estudei e me qualifiquei para ser uma mãe referência para meus filhos. Encontrei um médico que as mulheres falavam muito bem (Hugo Maia Filho), mas ele não atendia pelo Planserv. Com isso, tive que buscar outro médico. Então marquei uma consulta na CLIVALE, ao chegar lá e ao mostrar meus exames o médico mandou eu engravidar e disse que não gostava de cirurgias. Saí aos prantos, queria operar e engravidar no dia que eu bem quisesse. Busquei outro médico no Hospital Português, ele fez uma histeroscopia e no dia da revisão me disse a mesma coisa do médico da CLIVALE: Engravide! Pedi para ele me operar, mas ele escamotiava e não dizia ao certo porque não operar. Procurei outro médico, achei o celular dele na internet, liguei para ele e contei minha situação. Eu disse que não podia engravidar naquele momento porque estava me qualificando profissionalmente, marquei a consulta com ele. Ele me pediu para repetir os exames, eu obedeci e quando peguei o resultado foi mais chocante ainda. O mioma tinha crescido, e meu ovários ERAM policísticos. Meu mundo desabou DE VEZ!
Depois disso, fiz os exames preparatórios para a operação. Meu Deus, se eu pudesse voltar atrás não teria operado. Até porque vi na internet diversas mulheres contando como diminuíram seus miomas com ervas naturais, mas eu estava ansiosa  e meio descrente de que ervas poderiam reduzir meu mioma, então fiz a cirurgia.
Quando acordei, o médico não estava mais lá. Meu marido me olhava com compaixão, olhos vermelhos como se estivesse chorando. Logo depois o médico me liga com uma voz toda nervosa e eu senti que algo tinha dado errado. Chorei terrivelmente me lembrando dos médicos que me orientaram a engravidar e fiquei depressiva.
No dia seguinte, ainda no Hospital, o médico chegou e me disse: “Seu mioma estava imenso, tive que costurar o lado esquerdo do colo do útero quase todo. Vou ter que colocar um DIU para a passagem não fechar, talvez eu ainda tenha que te operar para tirar seu útero”, finalizou.
Chorei mais do que das outras vezes e nesse mesmo dia tive alta, no dia da alta descobrir que eu estava com uma sonda (o médico havia colocado para segundo ele, a passagem não fechar) e eu deveria ficar com essa sonda até o dia da revisão (momento em que ele colocaria o DIU no colo do útero – lugar onde ele costurou).
Fui para casa arrasada, depressiva. Eu tinha vontade de me suicidar! De me matar! De pegar a arma do meu marido que é PM e atirar contra minha cabeça. Por conta da cirurgia, fiquei 30 dias de atestado, como eu era free lancer na revista, fui demitida. Perdi meu emprego e as chances de ser mãe se distanciaram de mim. Só fiz perder com essa cirurgia!
No dia da revisão, o médico tirou a sonda e colocou o DIU. Me cobrou R$600,00 e acreditem eu não tinha esse dinheiro, fiquei de pagar depois. Até a minha vida financeira embolou. No dia que ele colocou o DIU, ele me deu uma guia para fazer uma ultrassonografia da pelve e ver como as coisas andavam, mandou eu procurar um amigo dele (que não vou dizer aqui o nome, mas é um péssimo profisisonal). Fui, e ao chegar lá, fiz o exame e ele me disse: O DIU tá fora do lugar. Eu retruquei: meu médico colocou o DIU no colo do útero e não DENTRO DO ÚTERO, mas mesmo assim ele colocou no laudo DIU FORA DO LUGAR... FOI AI QUE COMEÇOU O INFERNO NA MINHA VIDA....
Marquei a consulta com o médico que me operou e no dia da consulta meu marido me disse: “amor, não vá”. Vá para sua escola! (meu médico só atendia pela tarde, depois das 16hrs), mas ele nunca chegava 16hrs. Só chegava 19h, 20h e etc... Mas eu desobedeci meu marido, fui e infelizmente eu nunca conseguia um horário marcado, só conseguia extra. A atendente dizia que planserv só marcava do dia 15 de um mês, para 15 do outro mês e quando eu ligava só dava linha ocupada. Quando ela atendia, me dizia que não tinha mais vaga!
Então, fui mesmo contra a vontade de meu marido para a consulta. Chegando lá, fui a última a ser atendida (mesmo sendo caso cirúrgico), era 21he30m e o médico de quase 70 anos, estava cansado. Ele olhou o exame e disse: Vou tirar seu DIU, ele tá fora do lugar. Mas eu disse: o senhor não o colocou no colo do útero? Ele disse: é , pode ter sido, mas vou tirar. Eu perguntei: o colo do útero não vai fechar não? Ele falou: “ESPERAMOS”que não.

Fui para casa arrasada, deveria ter obedecido meu marido. Só fiquei 30 dias com o DIU e estava devendo R$ 600,00. Um mês depois, minha menstruação não desceu. Senti como se tivesse algo querendo descer, mas não achava passagem. Após 45 dias sem menstruar, liguei para meu médico e ele me tratou super mal, como se eu fosse apenas um número. Não se importou com meu estado, mandou eu procurar a filha dele (que também era ginecologista) e simplesmente desligou a ligação.

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